Homenagem

Rio inicia obras em quiosque da família de congolês morto na Barra

Moïse foi assassinado durante uma briga em janeiro passado

Moïse Kabagambe foi brutalmente espancado em um quiosque na Barra da Tijuca.
Moïse Kabagambe foi brutalmente espancado em um quiosque na Barra da Tijuca. |  Foto: Thomaz Silva/Agência Brasil
 

A prefeitura do Rio e a concessionária Orla Rio iniciaram nesta quinta-feira (31) a construção do Quiosque Moïse, no Parque Madureira, na zona norte da cidade. A estrutura deve ficar pronta em 60 dias e será cedida à família do congolês Moïse Kabagambe, assassinado em 24 de janeiro deste ano em um quiosque na Barra da Tijuca. 

A morte do jovem congolês causou indignação e protestos pela brutalidade com que ocorreu. O espancamento foi registrado por câmeras de segurança do quiosque, onde ele teria ido cobrar pagamento por um trabalho realizado.

Morte do jovem causou indignação e protestos pela brutalidade
 

Nas imagens, é possível ver que o congolês foi derrubado no chão por um homem e, na sequência, recebeu vários golpes deste e dos outros agressores, que continuaram batendo mesmo depois de ele ter sido imobilizado, ficando desacordado.

Prisão

Três homens que participaram das agressões a Moïse foram presos temporariamente e tiveram a prisão confirmada em audiência de custódia: Fábio Pirineus da Silva, o Belo; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota.

Inicialmente, a prefeitura do Rio ofereceu à família a concessão do próprio quiosque onde ocorreu o assassinato, mas os familiares recusaram por motivos de segurança. Como alternativa, a Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento viabilizou a concessão do espaço no Parque Madureira.

Polo de cultura

Atualmente, o início da construção contou com a presença de familiares do congolês, a quem o projeto foi apresentado  por representantes da Orla Rio e da prefeitura, entre eles o secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo. O espaço terá 150 metros quadrados e foi idealizado pela Orla Rio para ser um polo de cultura congolesa em Madureira.

Segundo a prefeitura, a Orla Rio também vai realizar a instalação de equipamentos e mobiliário, além de oferecer orientações e treinamentos à família para prepará-la para gerir a nova operação. 

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